segunda-feira, 13 de junho de 2011

ENTREVISTA - FÁBIO NASCIMENTO.

 

Fábio Nascimento (15)Iniciei minha carreira de ator participando de cursos de iniciação teatral na Casa dos Artistas em Ilhéus com Pedro Matos. Fiz parte das suas últimas turmas de teatro em 1996 e 1997. Logo após participei das turmas de teatro de Franklin Meneses (1997), Romualdo Lisboa (1997), Malu Mendes Rocha (1998 - 1999). O início da carreira profissional deu-se em 2000 quando participei do Curso Livre de Teatro da UESC, então coordenado por Nevôlanda Pinheiro.

Depois deste curso fui contratado como ator no NAU – Núcleo de Artes da Uesc, dirigido por Ramayna Vargens até 2004. Desde então faço parte do projeto de extensão Teatro Popular da UESC dirigido por Bim De Verdier. Paralelamente a carreira de ator, em 2002, comecei a dirigir pequenos trabalhos, e estou em cartaz há sete anos com o meu próprio projeto, o Ilheenses Amados do grupo que fundei, o MAKTUB PERFORMANCES. Nesta trajetória o grupo tornou-se ONG CULTURAL MAKTUB PERFORMANCES, ministro oficinas teatrais em diversas vertentes para escolas, outros grupos, comunidades etc, participo de montagens de outros grupos e cursos também, como o RETRATE INTERIOR – ILHÉUS promovido pelo SATED de Salvador.

Fabio Nascimento é ator DRT-BA 2998, diretor e autor teatral (SBAT) e graduando em Comunicação Social pela UESC. Breve currículo:

· Ator contratado do Núcleo de Artes da UESC (2000-2004), “Terras dos Sem Fim; Cururupe o Massacre; Morte e Vida Severina – Núcleo de Artes da Uesc – 2000 - 2004” Dir. Ramayana Vargens e Coordenação de Nevôlanda Pinheiro,

· “Trilogia do Bufão (Nau - UESC); Miguelzinho e o Círculo (FUNDACI-TMI) 2004-2005” Dir. Bim de Verdier,

· Intercâmbio para Universidade de Wikfolkhogskola na Suécia (2004) e UESC /UFV Minas- Gerais

· Das Matas ao Progresso/ Histórias de Cabaré (Maktub Performances) desde 2004 em cartaz. Dir. Fábio Nascimento.

· Formado em Monitor de Teatro Popular pela UESC (2005), Ministra cursos e oficinas para grupos de teatro, ONGS, na UESC, foi educador em 2006 no CEFA - Centro Educacional Fé e Alegria e da ESCOLA CRIATIVA desde 2009, Membro da SBAT – Sociedade Brasileira dos Autores Teatrais e é integrante do Projeto Teatro Popular e Interculturalidade da UESC. Atualmente participa do Retrate Interior – Projeto do Sated-Ba – Sindicato dos trabalhadores de teatro e espetáculos.

CONTATOS:

FÁBIO NASCIMENTO.

TELEFONES: 73-9964-0803 / 8859-4961 / 8165-2461

E-MAIL: fabyo_kallil@yahoo.com.br e fabyo_kallil@hotmail.com,

ORKUT: Grupo Maktub Performances e Fábio O Coronel

BLOG: http://grupoteatralmaktubperformances.blogspot.com

 

CURURUPE (13)a bruxinha que era boaarlequim

 

 

 

 

 

 

 

AI – Teatro talvez seja a arte mais ligada à educação formal (curricular), de que maneira o teatro sofre com a baixa qualidade do ensino no Brasil e na região especificamente?

FN - Como o teatro é o reflexo da sociedade, esta “baixa” é perceptível também em nosso meio. Estamos numa fase de “sufocamento” cultural, onde artistas regionais não são prestigiados, são menosprezados e até desqualificados. Ledo engano, pois é fato que a região é um celeiro em várias vertentes culturais não só no teatro. Uma prova disto é a propagação de nomes regionais no cenário nacional. A única solução ainda é sair deste local, desta região o quê implica numa perda para a própria comunidade. Seria muito mais interessante tanto para o artista como para a população, se este estivesse inserido com as devidas condições nos eventos culturais regionais. Sabemos que isto é possível, que existem verbas, mas a política cultural local também foi afetada pela crinipelis perniciosa (Vulgo Vassoura de Bruxa).

cururupeAI – Podemos considerar que o teatro faz parte da cultura real do brasileiro ou é coisa de europeu?

FN - Nós respiramos teatro. Ele está presente em diversas manifestações artísticas, religiosas e até nas políticas. Deveríamos sim, absorver o hábito de freqüentar teatros como o europeu. Seria uma apropriação benéfica á própria cultura brasileira.

 

 

AI – O que tem mais na região: Menos artistas ou menos plateia?

FN - Temos muitos artistas e muita plateia. A questão é o direcionamento que ambas estão tomando. Enquanto os artistas buscam uma ampliação no repertório intelectual mais sólido, a platéia – de teatro – busca o riso fácil de comédias comerciais. Não se vai mais ao teatro para refletir, e sim para rir – á toa.

D VENTRE TEATRO 1AI – De que forma poderemos formar boas plateias (Quantidade e qualidade) e bons atores?

FN - Acredito que se deva buscar uma linha entre o intelectual e o quê o público quer ver. Não podemos impor um refino teatral ao público e também não podemos ceder ao gratuito. É uma linha muito tênue, porém possível. Nunca desistir da tão explorada formação de platéia, trabalhar nas escolas, nos jornais, na mídia local. Deve-se atirar para todos os lados.

 

AI – Você sofreu com discriminação por ser ator ou já não existe mais?

FN - Ainda existe e sempre sofro. A discriminação não é tão agressiva como antigamente e é inerente a classe social ou nível cultural. Acredito que parta da ignorância do que seja a profissão de ator. Ela ainda é vista como algo que só atingirá o respeito, o sucesso, a profissionalização quando se chega á TV. Percebo quando estou em alguma situação em que sou interrogado sobre o que eu faço. Digo sou ator e diretor teatral. E o interlocutor novamente: e de trabalho o quê você faz? Então ator profissional é o famoso e não o que na região consegue se articular e viver da sua arte. E fazer teatro será sempre um lazer, um hobe e não uma profissão. Por que não? Se eu estudo, pesquiso, me preparo, produzo e emprego pessoas, rendo um produto final – a peça/ dança/ performance e recebo por isso?

Fábio Nascimento (5)AI – Nos cite atores da nossa região que podem ser chamados de eternos e revelações.

FN - Os eternos, eu vou prestigiar atores e diretores que eu tive a graça de conviver: Pedro Matos, Équio Reis, Nevolânda Pinheiro e José Delmo. As revelações Ed Paixão e Geisa Sales.

 

 

 

AI – Como podemos ver Fábio Nascimento atuando?

FN - Dirijo e atuo no meu projeto há sete anos em cartaz, o “Ilheenses Amados” com as peças HISTÓRIAS DE CABARÉ e DAS MATAS AO PROGRESSO. Participo também de montagens de conclusão de cursos e outros grupos. Procuro sempre estar em cena,

Fábio Nascimento (6)AI – Nos conte de seus projetos artísticos.

FN - Bom, no momento estou em processo de remontagem de um espetáculo chamado HOMENS AJUDAM HOMEN? Baseado num trecho de uma peça de Brecht. Acredito montá-la até outubro. Espero também ter condições propícias para desenvolver o oitavo ano do projeto Ilheenses Amados no próximo verão e ainda estou envolvido com um projeto musical, também para o segundo semestre.

 

AI – Algo que gostaria de nos contar e não perguntamos?

FN - Numa próxima rsrsrs.

AI – Agradecimentos.

FN - A toda equipe do blog agradecimento e felicitação pela bela iniciativa, aos colegas e amigos de profissão, aos mestres que me oportunizaram tal prazer cultural.

Fábio Nascimento (11)Fábio Nascimento (14)d. salão 2009dança 2010 (3)diário do hospício (1)Fábio Nascimento (8)Fábio Nascimento (10)

4 comentários:

Anônimo disse...

GRANDE ARTISTA DE NOSSA REGIAO. BOA SORTE PRA VOCE FÁBIO!

lucas oliveira ator disse...

cambio esse rapaz é espetacular!!@ tudo q ele se propoe a fazer é com muita PROPRIEDADE!! valeu fabio !seu fã!! viva seu talentoo!!

Arte do Gueto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Arte do Gueto disse...

Fábio, obrigada pelo seu comentário relacionado ao meu nome. fico muito feliz e para mim é uma grande surpresa!!! felicitações.
Ass: Geiza Sáles sua fã.